quinta-feira, 5 de março de 2009

Infra-Estruturas

Em 2002 a Alemanha foi o quinto maior consumidor do mundo de energia, e dois terços de sua energia primária foi importada. No mesmo ano, a Alemanha foi o maior consumidor de electricidade da Europa com um total de 512,9 biliões de quilowatts-hora.

A política governamental enfatiza a conservação e o desenvolvimento de fontes de energia renovável, como a solar, vento, biomassa, hidráulica, e geotérmica. Como resultado das medidas de economia de energia, a eficiência energética (a quantidade de energia necessária para produzir uma unidade do produto interno bruto) vem melhorando desde o início das medidas nos anos 1970. O governo já definiu o objectivo de satisfazer metade da demanda energética do país a partir de fontes renováveis até 2050. Em 2000, o governo e a indústria nuclear alemã concordou em desactivar gradualmente todos as usinas nucleares até 2021. No entanto, as energias renováveis estão desempenhando um papel mais modesto do consumo de energia. Em 2006 o consumo energético foi cumprida pelas seguintes fontes: petróleo (35,7%), carvão, incluindo lignito (23,9%), gás natural (22,8%), nuclear (12,6%), energia hidráulica e eólica (1,3%) e outros (3,7%).
Desde os anos de 1930 iniciara-se na Alemanha a construção da primeira rede de auto-estradas em grande escala. O país dispõe de 12.174 km de auto-estradas (Autobahn) e de 40.969 km de estradas federais (Bundestraßen), o que faz da Alemanha o país com a 3ª maior densidade de estradas por veículos do mundo. As totalidades de auto-estradas do país são gratuitas para veículos particulares. Desde 2005, os caminhões de carga pagam pedágio descontado automaticamente via satélite.

Religião

As maiores confissões religiosas na Alemanha são o Luteranismo e o Catolicismo, respectivamente, com 32,9% e 32,3% de fiéis. Cerca de 24,9% de alemães se declararam não religiosos ou ateus. Seguem como minorias, o islamismo (4%), seguido pelo judaísmo e o budismo (ambos com 0,25%). O Hinduísmo tem apenas 90.000 seguidores (0,1%), enquanto outras religiões correspondem a 50 mil pessoas ou 0,05% da população alemã.
Desde Martinho Lutero, e a Reforma Protestante, a Alemanha foi o palco de conflitos religiosos entre os seguidores de Lutero, posteriormente chamados de luteranos, geralmente mais numerosos no norte, e os católicos, regra geral mais fortes no sul. No entanto, a distribuição das religiões está longe de ser homogénea.
Zonas com uma população predominantemente católica são a Baviera e a zona da Renânia. O actual Papa Bento XVI é nascido na Baviera. Zonas com uma população predominantemente luterana são os estados do leste e do norte. No norte, ao longo da fronteira com os Países Baixos, há também a presença de calvinistas. Povos não religiosos, incluindo ateus e agnósticos, são crescentes em número e proporção, uma tendência constatada tanto na Alemanha quanto em outros países europeus. Na Alemanha eles concentram-se principalmente na antiga Alemanha Oriental e nas áreas metropolitanas.

Língua

O alemão é a língua oficial e a predominantemente falada na Alemanha. É uma das 23 línguas oficiais da União Europeia, e uma das três línguas de trabalho da Comissão Europeia, junto com o inglês e o francês. Línguas minoritárias reconhecidas na Alemanha são o Dinamarquês, Sorábio, Romani e o Frísio. Elas são oficialmente protegidas pelo CELRM. As línguas imigrantes mais usadas são o turco, o polonês, as Línguas dos Balcãs e o Russo.
A maioria do vocabulário alemão é derivado do braço germânico da família das línguas indo-européias. minorias significativas de palavras derivam do Latim, Grego, e uma pequena quantidade do Francês, e mais recentemente do Inglês (conhecido como Denglisch). O alemão é escrito usando o alfabeto latino. Além das 26 letras padrões, o alemão tem três vogais com Umlaut, ä, ö e ü, assim com o Eszett ou scharfes S (s forte) que é escrito "ß" ou alternativamente "ss".
Em todo o mundo o alemão é falado por aproximadamente 100 milhões de falantes nativos e mais 80 milhões de falantes não-nativos. O alemão é a língua principal de aproximadamente 90 milhões de pessoas (18%) na UE. 67% dos cidadãos alemães dizem serem capazes de comunicar-se em pelo menos uma língua estrangeira, 27% em pelo menos duas línguas além da materna

Cultura

As contribuições da Alemanha para o património cultural da humanidade são numerosas, o que leva alguns autores a aceitar o "Génio Alemão", celebrado no Romantismo (uma das fases da história da arte onde a Alemanha teve uma proeminência invejável). É um país conhecido por muitos como das Land der Dichter und Denker (A terra dos poetas e dos pensadores).

O país é um centro tradicional da ciência na Europa. Especialmente no século XX, as pesquisas foram revolucionárias. Cerca de 1/3 dos prémios Nobel (química e física) foram dados a cientistas alemães entre 1901 e 1933.
Hoje, o alemão é uma das línguas que despertam mais interesse por parte dos estudantes de línguas em todo o mundo, principalmente por causa da possibilidade que o governo aos poucos está conseguindo dar aos estudantes estrangeiros que pretendem estudar na Alemanha. Muitas figuras históricas, ainda que não sendo alemãs, no sentido moderno da palavra "alemão", estiveram imersas na cultura germânica, como é o caso de Wolfgang Amadeus Mozart, Gustav Mahler, Franz Liszt, Immanuel Kant, Franz Kafka, Nicolau Copérnico ou Franz Joseph Haydn (compositor da melodia do Hino nacional da Alemanha).




Hino da Alemanha

Das Lied der Deutschen (A canção dos alemães) ou Deutschlandlied (Canção da Alemanha) é uma canção cuja terceira estrofe é o hino nacional da Alemanha.
Das Lied der Deutschen foi escrita por August Heinrich Hoffmann von Fallersleben, em 1841, na ilha de Helgoland, sobre uma melodia da peça Quarteto do Imperador, composta em 1797 por Joseph Haydn.

História
Terminada a Primeira Guerra Mundial, o primeiro Presidente da República de Weimar, Friedrich Ebert, elevou a Canção dos Alemães à condição de hino nacional.
A Constituição Alemã de 1949 não estabeleceu um hino nacional.
Em 1952, a Canção dos Alemães foi reconhecida como hino nacional, em troca de correspondência entre o primeiro Presidente Federal, Theodor Heuss, e o Chanceler Federal, Konrad Adenauer que estabeleceu que «Em solenidades oficiais, cantar-se-á a terceira estrofe.»
Conforme estabelecido em troca de correspondência, de 19 e 23 de Agosto de 1991, entre o Chanceler Federal Helmut Kohl e o Presidente Federal Richard von Weizsäcker, [1] confirmando a tradição da "Canção dos Alemães" como exortação à unidade alemã: «Todas as estrofes da canção formam um todo, que é um documento da história alemã (...). A terceira estrofe da ‘’Canção dos Alemães’’, escrita por Hoffmann von Fallersleben com a melodia de Joseph Haydn, é o Hino Nacional do Povo Alemão.>




Em alemão

Einigkeit und Recht und Freiheit
Für das deutsche Vaterland!
Danach lasst uns alle streben,
Brüderlich mit Herz und Hand!
Einigkeit und Recht und Freiheit
Sind des Glückes Unterpfand:
Blüh im Glanze dieses Glückes,
Blühe, deutsches Vaterland!

Em português

Unidade e Justiça e Liberdade
à Pátria Alemã!
Procuremos, irmanados,
alcançá-las com afã!
Unidade e Justiça e Liberdade
são o penhor da felicidade.
Floresce, no esplendor desta felicidade,
Floresce, ó Pátria Alemã!
Texto integral da Canção dos Alemães

Em alemão

Das lied der deutschen

I
Deutschland, Deutschland über alles,
Über alles in der Welt,
Wenn es stets zu Schutz und Trutze
Brüderlich zusammenhält,
Von der Maas bis an die Memel,
Von der Etsch bis an den Belt
Deutschland, Deutschland über alles,
Über alles in der Welt.

II
Deutsche Frauen, deutsche Treue,
Deutscher Wein und deutscher Sang
Sollen in der Welt behalten
Ihren alten schönen Klang,
Uns zu edler Tat begeistern
Unser ganzes Leben lang.
Deutsche Frauen, deutsche Treue,
Deutscher Wein und deutscher Sang.

III.
Einigkeit und Recht und Freiheit
Für das deutsche Vaterland!
Danach laßt uns alle streben
Brüderlich mit Herz und Hand!
Einigkeit und Recht und Freiheit
Sind des Glückes Unterpfand.
Blüh' im Glanze dieses Glückes,
Blühe, deutsches Vaterland.


Em português

A canção dos alemães


I
Alemanha, Alemanha acima de tudo,
acima de tudo no mundo,
quando sempre, na defesa e proteção,
se mostra unida como irmãos.
Do Maas ao Memel,
Do Etsch ao Pequeno Belt,
Alemanha, Alemanha, acima de tudo,
acima de tudo no mundo!

II
Mulheres alemãs, alemã fidelidade,
O vinho e os cânticos da Alemanha
Deverão continuar a ser no mundo
estimados pela sua beleza e som,
inspirando-nos a um ânimo nobre
Todos os dias da nossa vida.
Mulheres alemãs, alemã fidelidade,
Vinho e cânticos da Alemanha!

III
Unidade e Justiça e Liberdade
para a Pátria Alemã!
Procuremos, irmanados,
alcançá-las com afã!
Unidade e Justiça e Liberdade
são o penhor da felicidade.
Floresce, no esplendor desta felicidade,
Floresce, ó Pátria Alemã!

Educação

Na Alemanha, o sistema de ensino é bastante rigoroso. Os verdadeiros responsáveis pelas medidas implantadas são os estados – Bundesländer – enquanto que o governo emprega apenas um pequeno papel. O Jardim da Infância é opcional e é fornecido a todas as crianças entre três e quatro anos de idade. Após esta fase, deve-se frequentar a escola por no mínimo nove anos.
A educação primária normalmente dura quatro anos. Já a educação secundária inclui quatro tipos de escolas baseadas nas habilidades do aluno, de acordo com as recomendações do professor: o Gymnasium inclui as crianças mais bem dotadas e as prepara para o estudo universitário; a Realschule tem uma grande gama de conteúdo para estudantes intermediários; a Hauptschule prepara o aluno para uma escola profissionalizante e a Gesamtschule, ou escola integrada, que combina os três caminhos.
Para entrar numa universidade ou escola superior, é necessário que os estudantes prestem uma prova chamada Abitur. Apesar disso, os estudantes que possuem diploma de uma escola profissionalizante também podem entrar. Um sistema especial de aprendizagem chamado Duale Ausbildung (dupla qualificação) permite que o aluno, faça um estágio, estude numa empresa, invés de estudar nas escolas normais.
A maioria das universidade alemãs são públicas, financiadas pelo estado e até há pouco não era necessário pagar qualquer tipo de taxa para frequentá-las. No entanto, a reforma da educação em 2006 mudou esse sistema e agora cada aluno pode pagar até 800 euros por semestre.